...marcas, feridas físicas e psicológicas, irritações, marcações, limitações, sinalizações, traços, rasgos da vida, imagens, a árvore como símbolo da vida e do crescimento, experiencias, cicatrizes, sinais, carater, testemunho, desenhos, esboços, fascinação pelos desenho nos troncos das árvores, os troncos e a pele do eucalipto com os seus desenhos, a mudar de pele como uma cobra, a parecer pele humana, árvore = vida, raízes?
... as raízes deste trabalho chegam até ao tempo de universidade.
comecei a trabalhar com estruturas nas árvores e a interessar-me pelos seus
desenhos no ano 2004. no âmbito da minha licenciatura trabalhei duas semanas na
natureza em escultura, land-art, performance, fotografia e outras disciplinas
artísticas - foi essa a altura em que me apaixonei pelos desenhos que a vida
deixa nos troncos das árvores.
desenhos da natureza
arte da natureza e a natureza de arte
fascina-me o crescimento, as cores e a beleza das
marcas que a vida deixa nos troncos das árvores. quando caminho por uma
floresta, pela mata do liceu ou até pela cidade, é como se estivesse numa galeria
de arte a ver os mais lindos desenhos que já vi, dos quais eu decidi trazer
aqui alguns que quero partilhar convosco.
marcas
deixadas pela vida
sempre me fascinou olhar para marcas, vestígios
do uso nos materiais, sinais de crescimento, marcas nos rostos e nos corpos das
pessoas. os traços da vida fazem as pessoas interessantes para mim. nas marcas
que a vida deixa consegue-se ler experiências e crescimento. ninguém cresce e
aprende sem feridas que saram mas deixam cicatrizes visíveis ou invisíveis.
cicatrizes e marcas surgem, muitas vezes, de situações desconfortáveis,
dolorosas, indesejáveis. cicatrizes deixam um rasto de vida, deixam também uma
noção de crescimento…
a
sociedade – uma selva
muitas pessoas com marcas diferentes, a
sociedade, a árvore um símbolo, cresce para onde tem hipótese e as melhores
condições para crescer. a vida deixa as suas marcas nos seus troncos. por vezes,
deixamos marcas, memórias, feridas, sem nos apercebermos – caminhamos pela
floresta da sociedade como se fosse um chão cheio de folhas caídas no outono…
partimos, pisamos ou desequilibramos o que está no nosso caminho. deixamos
marcas onde passamos sem reparar. marcas são a nossa paisagem.
Nicole
Lissy, licenciada em ensino de Inglês e Artes Visuais, estando
em contacto com diferentes vertentes da cultura, principalmente o teatro, a
dança teatral e a performance há quase duas décadas, fundou a associação amarelarte
em fevereiro 2012 com o objetivo de criar um centro cultural para tod@s.
(www.amarelarte.pt)
I N A U G U R A Ç Ã O
6ª feira 6 Dez 21:30h
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